Aceleram-se as definições partidárias no RS para as eleições de 2014

eleicao2012150O documento firmado pelo DEM e PSDB no último dia 19 de dezembro configura mais uma tendência para o pleito de 2014. A candidatura Aécio Neves passa a ter palanque natural e de acordo com as forças conservadoras e neoliberais que o sustentam no Rio Grande do Sul. Isso por si só não é novidade, pois espera-se que também o PPS caminhe nessa direção por imposição nacional ou, como querem alguns no Rio Grande do Sul, garantir apoio à candidatura de Eduardo Campos. A avaliação é do deputado estadual Raul Pont (PT) que aponta uma aceleração do processo de definições partidárias para as eleições de 2014.

Para Pont, o documento do DEM e do PSDB reforça a análise feita por ele há algumas semanas sobre o que considera um equívoco do PDT em buscar um caminho próprio no Estado quando nacionalmente estão definidos e comprometidos com o governo Dilma Roussef. O deputado petista observa que antes da convenção do dia 7 de dezembro, o PDT alardeava as amplas possibilidades de contar com o PPS e DEM na busca de espaço próprio, porém. A aliança firmada agora no dia 19 de dezembro, acrescenta, sepulta essa possibilidade, mostrando que só restará ao PDT o caminho da chapa pura, mas isolada, com candidatura fraca e sem tempo de rádio e TV.

“Configura-se o quadro já anunciado quando conclamávamos os pedetistas a não cometerem esse equívoco e que se mantivessem conosco na Unidade Popular para reeleição de Tarso Genro. Num projeto sintonizado, coerente com a situação nacional e identificado com semelhanças comuns de projetos de trabalhistas, petistas, comunistas e democratas,” diz Pont.

O dirigente petista acredita que ainda há tempo para que o PDT mude de ideia. “Essa definição DEM/PSDB sinaliza o último momento possível de definição e discussão entre os trabalhistas do PDT na decisão da pré-convenção que anunciou candidatura própria. Ainda dá tempo de corrigir os rumos, mas os riscos estão cada vez maiores e continuamos na expectativa de que a coerência programática e a lógica do processo político permita aos companheiros do PDT repensar a estratégia e reforçar a alternativa constituída na Unidade Popular, governo que ajudaram a construir nos últimos três anos”, afirma.

(*) Publicado originalmente no Sul21

Sobre maweissheimer

Bacharel e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trabalho com Comunicação Digital desde 2001, quando foi criada a Agência Carta Maior, durante a primeira edição do Fórum Social Mundial. Atualmente, repórter no site Sul21 e colunista do jornal Extra Classe.
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