O Comitê Carlos de Ré está convidando toda a militância que atua em defesa dos Direitos Humanos para mais um ato público de identificação de espaços de tortura e resistência em Porto Alegre, durante a ditadura civil-militar. Nesta quarta-feira (27), às 12h, será feita a identificação pública do Palácio da Polícia (esquina da Ipiranga com a João Pessoa), onde funcionava o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) que durante muitos anos da ditadura serviu como aparelho da repressão do Estado.
Este é o segundo ato de identificação protagonizado pelo Comitê. O primeiro ato foi no antigo “Casarão da Rua Santo Antônio”, onde funcionava o Dopinha, um aparelho criado à margem da estrutura oficial do Estado, que recebeu inúmeros presos políticos em seus porões e abrigou um órgão de inteligência do regime.
“A importância dos nossos atos também está, pois, na abertura de um diálogo intergeracional sobre as medidas necessárias para radicalizar nossa democracia, no sentido de superar todas as mazelas herdadas dos anos chumbo, uma herança que se alimenta da desmemória e consequente inércia social. Uma herança que se manifesta em uma polícia militarizada que atua a favor da criminalização dos movimentos sociais e violenta especialmente a juventude da periferia e o povo pobre já marginalizado pelo sistema”, diz a nota convocatória do ato desta quarta-feira.